O Diário de Bridget Jones, de Helen Fielding | Resenha #21

Eu adoro um bom chick-lit. Daquele que faz a gente rir tanto que lágrimas escorrem pelos olhos, que nos identificamos com as personagens e seus dramas, que faz com que a gente tenha vontade de puxar a protagonista para fora do livro para lhe dar um abraço… E há muito tempo eu queria ler O Diário de Bridget Jones, um clássico do gênero. Mas a leitura não foi o que eu esperava…

Título: O Diário de Bridget Jones
Autora: Helen Fielding
Editora: Record
Páginas: 322
Ano: 2008


Como o próprio título já explica, o livro é em forma de diário e conta um ano de vida de Bridget Jones. Ela é uma mulher solteira de trinta e poucos anos e que está em uma luta constante contra a balança – e em busca do amor também. Todo mundo em sua volta parece já estar casado – ressalva para algumas poucas amigas que estão sempre com homens horríveis – e a pressão aumenta cada vez mais para que a própria Bridget conheça a sua cara metade também. 
O ano de Bridget começa com um jantar em que ela conhece Mark Darcy, um advogado riquíssimo que acaba de se divorciar. Amigos dos pais de Bridget começam a tentar junta-los, mas além de estar vestido de forma ridícula, Mark ainda por cima faz pouco caso de Bridget. Um acontecimento que logo perde importância para ela, já que Daniel, um dos seus chefes, logo mostra interesse por ela e começa a trocar mensagens pelo computador durante o expediente. 

Ela garante que, à medida que as mulheres vão passando dos 20 para os 30 anos, o equilíbrio de poder muda de repente. Até as mulheres mais seguras perdem as estribeiras, lutando contra os primeiros sinais de angústia emocional: medo de  morrer sozinha e ser encontrada três semanas depois semi devorada por um pastor alemão.

Eu não sabia exatamente o que esperar do livro, mas confesso que ele ainda assim conseguiu me frustrar bastante. Bridget é uma mulher muito insegura, o que muitas vezes é normal nas protagonistas. Mas o nível dela é tanto que chega ser irritante, especialmente porque ela nunca faz nada de fato para mudar as coisas. Ela reclama do cara, e corre atrás dele. Ela reclama do peso, não faz nada para mudar isso. Reclama de uma amiga, mas não consegue cortar a relação. 
O tempo inteiro eu sentia que a história queria passar a mensagem de que Bridget é a mulher dos dias atuais. Mas, sinceramente, eu não consigo perceber uma identificação. Bridget é extremamente dependente emocional e o pior que não é nem mesmo de uma pessoa, sabe? Ela é dependente de estar em uma relação, com qualquer pessoa que seja. E por isso ela acaba aceitando muitas atitudes ruins e comentários babacas para estar em uma relação.

Bridget
tem um grande grupo de amigos e vamos conhecendo eles aos poucos, mas
em nenhum momento há um aprofundamento sobre esses outros personagens e
tudo é tratado de forma muito superficial o que não permite que o leitor
se aproxime deles – e, na verdade, o pouco que é mostrado, os
personagens mal tem carisma.
O livro também não segue exatamente um grande acontecimento, que uniria a história toda do ínicio ao fim. O que é aceitável, visto que é um diário. Por isso é complicado falar sobre a “história” em si, a cada mês ela vai mudando um pouco e coisas diferentes vão acontecendo na vida da protagonista.
Quem roubou muito a cena – em minha opinião – foi a mãe de Bridget, que está se separando do pai da protagonista e mudando de vida, descobrindo novas paixões e uma nova profissão. A mãe de Bridget tem o hábito de deixar a protagonista levemente louca, o que acaba sendo quase uma marca registrada nos chick-lits da vida. E elas não tem uma relação muito boa, mas isso também não é explorado no livro.

Na verdade, nenhum tema é exatamente bem explorado no livro. Tudo parece ser muito superficial e rápido, não dá um bom envolvimento durante a leitura. Para ser sincera é bem dificil explicar o que senti lendo o livro, mas ele não me prendeu, não me cativou. E o motivo da nota não ser ainda mais baixa é porque da metade para o final começa a ocorrer várias coisas – com a mãe de Bridget, e acaba envolvendo ela, claro – que movimenta bem mais a história, foi o que me deixou mais animada para terminar a leitura.

Nota: 2/5 

Notas: 1 – Ruim, péssimo;  2 – Médio, regular; 3 – Bom, legal;  4 – Muito bom;  5 – Ótimo, incrível; ♥ – É um dos meus preferidos

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6 Comments

  1. Be peres

    gente esse livro é mt arraso, eu adorei quando li! melhor dica. inclusive adorei seu blog e to seguindo.
    bjs bjs
    https://beperes.blogspot.com/

  2. Monique Larentis

    Que pena que foi pouco explorado os temas do livro. É tão ruim quando bem essa parte nos frusta..

    http://www.vivendosentimentos.com.br

  3. Jessica Andrade

    Oi Alexia,

    Nunca li os livros, mas uma pena ter sido tão superficial.
    Tenho vontade de conhecer a história, mas não sei se leria no momento.
    Bjs e uma boa semana!
    Diário dos Livros
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  4. Unknown

    É. No fim das contas o filme foi melhor que o livro, então.

  5. Priscila Ferreira

    Eu ainda não li esse livro, gosto demais dos filmes, assisti todos…uma pena não ter curtido tanto assim!

    http://www.coisasdepriscila.com
    Instagram l SORTEIO
    Beijo.

  6. Mirelle Almeida

    Oi, Lex.
    Menina, eu venho namorando esse livro há um bom tempo e fico triste por ele ter te frustrado. Também não gosto de personagens como a Bridget, que mostram seus dramas, mas parecem se conformar com eles. Talvez um dia leia pra tirar minhas conclusões.

    Um beijo.
    EU SOU UM POUCO DE CADA LIVRO QUE LI

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