As Batidas Perdidas do Coração, de Bianca Briones | Resenha

As Batidas Perdidas do Coração era um livro que eu tinha muita vontade de ler, especialmente após ter conhecido outros livros da Bianca Briones. Porém, esse livro foi surpreendente em muitos aspectos e acabou sendo nada do que eu esperava!

Título: As Batidas Perdidas do Coração #1
Autor: Bianca Briones
Editora: Verus
Páginas: 406
Disponível no Kindle Unlimited

Sinopse ‘As Batidas Perdidas do Coração’

Viviane acabou de perder o pai e sua mãe entrou em depressão. Rafael já conhece o luto há anos, quando seu pai faleceu, e agora acaba de perder quatro pessoas de sua família em um acidente de carro, incluindo sua irmã. E em meio à dor, eles acabam se conhecendo e se conectando – mesmo sabendo que há muitas coisas que pode separá-los.

Viviane e Rafael são completamente opostos. Ela sendo de uma classe social muito acima de Rafael, sempre teve uma vida completamente diferente. Mas quando eles se unem através do luto, sentimentos ainda mais fortes começam a surgir e, segredos que passam a ser revelados, podem acabar unindo-os ou os separando para sempre.

Resenha As Batidas Perdidas do Coração

A primeira coisa que você deve saber sobre As Batidas Perdidas do Coração é que a escrita da Bianca Briones é ótima. A autora consegue narrar temas pesadíssimos com muitas emoções, mas ainda assim de modo fluído. Ou seja, você fica destruído emocionalmente lendo e não consegue parar até terminar o livro todo. Um belo combo para uma ressaca literária, diga-se de passagem.

Porém, eu senti que ela perdeu a mão nessa história, embora fosse um enredo com bastante coisa para dar certo. O livro começa bem envolvente com Rafael e Vivane igual cão e gato no começo da história, sempre brigando, a Vivi sempre entrando em confusão, a tensão que havia entre eles, aquele desejo no ar… Tudo isso me envolveu a querer ler cada vez mais.

Mas, por outro lado, eu senti que os personagens (especialmente os secundários) foram forçados demais, os diálogos não me passavam muita veracidade e parecia sempre forçado – especialmente as partes que eram para ser engraçadas e no exagero dos palavrões que todos os personagens falam o tempo inteiro… E isso foi me incomodando logo no começo.

Além disso, a Vivi é bem no estilo meninas ricas e o Rafael um belo de um bad boy, com uma moto, às vezes toca em uma banda e é barman. Ou seja, o livro é bem no clichê ‘os opostos se atraem‘. Mas não me convenceu muito!

E nada disso seria ruim se a autora não tivesse errado a mão na carga de drama. Veja bem, eu sou acostumada com livros estilo Colleen Hoover. E eu sei como um drama pode destruir emocionalmente o leitor. Porém, eu arrisco dizer até mesmo que As Batidas Perdidas do Coração deixa Colleen Hoover comendo poeira. Sim!

Um dia após o outro. Um dia após o outro. Um dia após o outro.

É assim que a vida segue, enquanto você sofre, ri, chora, ama, perde. Ela não para

As Batidas Perdida do Coração

Quando eu achava que não tinha como os personagens sofrerem mais, acontecia uma tragédia pior que outra. O que significa também que o livro tem vários, mas vários gatilhos! Eu cheguei na metade do livro e eu já estava com aquele peso no coração de ter lido tanta tragédia, sabe? Nas últimas 100 páginas eu só queria acabar logo para não sofrer ainda mais (e acabei sofrendo o triplo).

Depois que li o primeiro, descobri que As Batidas Perdidas do Coração é o primeiro de uma série com mais livros. E, sinceramente, eu quase tive um treco. Não tem como esse casal sofrer mais, gente! Porém, na verdade, os outros livros são com personagens que em As Batidas Perdidas do Coração são secundários, sabe? Continua no mesmo “universo”, mas com personagens diferentes.

Para quem gosta de um livro dramático, que beira novela mexicana com histórias no estilo Colleen Hoover, com certeza vai gostar desse livro. Tem casal com química, tem drama até não poder mais, tem vários acontecimentos cheios de altos e baixos…

Para mim, a história não funcionou tão bem porque eu sou muito crítica com a questão da veracidade do livro e drama demais a ponto de me fazer mal. Ah, e essa história sempre foi muito associa à Belo Desastre (inclusive na divulgação pela própria editora). Por isso, se você gosta de Belo Desastre, talvez possa gostar desse livro. E, se você não gosta… Já sabe, né?