7 Grandes Livros Clássicos da Literatura Brasileira

Lista dos maiores clássicos da literatura brasileira

A literatura brasileira é rica em histórias que atravessam gerações, refletindo a cultura, os desafios e a alma do nosso povo. Desde o romantismo até o modernismo, nossos escritores têm deixado uma marca profunda na literatura mundial, com obras que continuam a ser lidas, estudadas e admiradas.

Neste artigo, nós vamos explorar títulos indispensáveis que não só moldaram a literatura nacional, mas também servem como espelho da sociedade e das transformações culturais do nosso país.

Prepare-se para conhecer obras que capturam a essência do país em diferentes épocas e estilos.

Dom Casmurro (Machado de Assis)

Dom Casmurro é um dos mais famosos livros clássicos da literatura brasileira, sendo uma das obras mais icônicas de Machado de Assis.

Narrada em primeira pessoa por Bento Santiago, um homem solitário e introspectivo, a história gira em torno de suas memórias de juventude, marcadas por seu amor por Capitu. A trama aborda a vida de Bento, o ciúme que sente de Capitu e seu amigo Escobar, e a dúvida que o corrói: Capitu foi ou não infiel?

Nesse livro, Machado de Assis cria uma trama envolvente em que o leitor se vê desafiado a interpretar os fatos por conta própria, o texto também é repleto de ironia fina, críticas sutis e uma linguagem elegante. É fácil de ler, rápido e divertido.

Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis)

Já em Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis nos apresenta uma narrativa única: as memórias de um homem contadas após a sua morte.

Brás Cubas, o narrador, é um defunto-autor que relata sua vida com uma mistura de ironia, cinismo e indiferença. Ele revisita episódios marcantes, como sua educação, amores frustrados e ambições fracassadas, sempre com um olhar crítico e humor ácido.

Ao longo da obra, Machado desconstrói a moralidade da época, expondo as fraquezas e hipocrisias da elite brasileira. Também é uma leitura muito divertida, com um narrador inusitado, trazendo histórias cativantes e irônicas.

Capitães de Areia (Jorge Amado)

Capitães da Areia, de Jorge Amado, nos conta a história de um grupo de meninos de rua em Salvador, conhecidos como “capitães da areia”. Líderes de pequenos crimes e sobrevivendo à margem da sociedade, eles enfrentam a realidade do abandono, pobreza e violência.

O enredo vai se seguindo enquanto mostra as dificuldades e os sonhos de crianças que lutam por sobrevivência em uma cidade que as ignora, revelando a trajetória de cada uma dessas crianças, com suas próprias histórias e personalidades diferentes.

Capitães da Areia é uma poderosa crítica às desigualdades sociais, abordando temas como pobreza, abandono infantil e a criminalização da miséria, temas que ainda são atuais.

Uma das vantagens dessa leitura, além de toda a riqueza cultural e crítica social, é a linguagem fluida e acessível, ao mesmo tempo poética, que envolve o leitor nas aventuras e dramas dos personagens.

A Hora da Estrela (Clarice Lispector)

A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, narra a vida de Macabéa, uma jovem nordestina que vive uma existência simples e miserável no Rio de Janeiro.

Macabéa é uma mulher sem grandes ambições ou percepções profundas sobre a própria vida. Sua trajetória é contada pelo narrador Rodrigo S.M., que acompanha de forma distanciada e reflexiva a vida de Macabéa, levantando questões sobre o destino, a identidade e a insignificância humana.

Embora seja um livro curto, com menos de 100 páginas, A Hora da Estrela é uma leitura tocante, especialmente ao nos mostrar com sensibilidade a ideia de sobre quem somos e como são tratados aqueles que não se encaixam em padrões de sucesso.

Com sua escrita introspectiva e densa, Clarice Lispector envolve o leitor em uma escrita que é tanto filosófica quanto poética, trazendo um olhar profundo e questionador sobre a vida.

Você pode até ler rápido esse livro, mas dificilmente o esquecerá rapidamente.

Auto da Compadecida (Ariano Suassuna)

Mesmo que você nunca tenha chegado perto de um livro do Ariano Suassuna, é bem provável que conheça um pouco de Auto da Compadecida, o livro que originou um dos maiores filmes brasileiros.

Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, é uma comédia teatral ambientada no sertão nordestino. A trama gira em torno de João Grilo, um homem pobre e astuto, e seu amigo Chicó, um covarde mentiroso, enquanto tentam sobreviver às dificuldades e injustiças impostas pela sociedade.

Estes dois personagens enfrentam situações cômicas e absurdas, até que são julgados após a morte, em um tribunal divino presidido por Jesus e Nossa Senhora, a Compadecida. O texto mescla humor, tragédia e crítica social, criando uma obra que consegue ser leve e profunda.

O Tempo e o Vento (Érico Veríssimo)

O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo, é uma grandiosa saga que narra boa partde da história do Rio Grande do Sul, por meio da trajetória de diversas gerações da família Terra Cambará, ao longo de mais de 200 anos.

Dividido em três partes – O Continente, O Retrato e O Arquipélago –, o romance mistura ficção e fatos históricos, retratando desde o período colonial, passando pelas guerras e revoluções que marcaram o sul do país, até os dias contemporâneos da publicação.

É um livro repleto de personagens fortes, complexos e profundos, e explora temas como política, guerra, amor e o passar inexorável do tempo. Para quem ama livros clássicos com narrativas cheias de momentos emocionantes, com dramas familiares, amores e tragédias, que envolvem o leitor do início ao fim, esse livro é uma boa pedida.

Grande Sertão: Veredas (João Guimarães Rosa)

Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, é uma das maiores obras da literatura brasileira, narrada em primeira pessoa por Riobaldo, um ex-jagunço que reflete sobre sua vida no sertão mineiro.

Para quem ama livros com narradores incomuns, sem dúvidas os livros clássicos brasileiros são excelentes. E em Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, você encontra isso!

Narrada em primeira pessoa por Riobaldo, um ex-jagunço que reflete sobre sua vida no sertão mineiro, a história se desenrola como uma longa conversa em que Riobaldo conta suas experiências de luta, seus amores e, especialmente, sua relação ambígua com Diadorim, um companheiro misterioso que carrega segredos.

O livro explora temas como o bem e o mal, a existência de Deus, a violência e o amor, utilizando uma linguagem poética, repleta de regionalismos.

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